segunda-feira, 28 de março de 2011

" A FÁBRICA"


Corre! bate o cartão
senão, final de mês,
tem dinheiro não.
Fala baixo, escuta o patrão
produz! produz!
e engole tudo, como avestruz!
tem tempo não
já foi como areia na mão
obedece, vai!
não pode ficar parado,
que será desse pobre coitado?
aí, jogado, talvez por uma vida
sugado até sua última saliva
Então:
grite! grite!
mas não chore, porque chorar é lamentação
e isso, aqui, tem lugar não!